terça-feira, 22 de dezembro de 2015

A CURA DO SERVO DO CENTURIÃO


Depois de uma noite de oração, Jesus escolheu os 12 homens que seriam seus apóstolos. Em seguida, ele proferiu um belo sermão que conhecemos como “O sermão do monte”. Jesus retornou para Cafarnaum e foi abordado para que fosse curar o servo de um centurião.
Encontramos pelo menos seis referências sobre centuriões na bíblia:
1)      O centurião que pede pela saúde de seu servo (Mt 8:5-13; Lc 7:1-10).
2)      O centurião encarregado da crucificação de Jesus (Mc 15:39, 43-45).
3)      Cornélio – devoto a Deus e generoso (Atos 10).
4)      Os centuriões que salvaram Paulo de ser espancado até a morte (At 21:27-40; 22:24-29).
5)      Os centuriões que cuidavam da segurança de Paulo (At 23:11-24).
6)      Júlio – escoltou e protegeu Paulo na sua viagem a Roma (At 27).
O exército comandado por um centurião possuía um estandarte romano, conhecido como Águia de Prata Romana, com suas garras apoiadas sobre um raio. Quando o exército acampava, a Águia era colocada sobre uma curta estaca, no centro do campo.
O centurião comandava uma companhia de cem homens, que era a sexta parte de uma corte, que era a décima parte de uma legião, somando seis mil soldados. Havia sessenta centuriões em cada legião.
Residia naquela cidade (Cafarnaum), com um destacamento que tomava conta do porto e da estrada comercial, um centurião a serviço do tetrarca Herodes Antipas. Possivelmente, seria um prosélito, convertido ao judaísmo, pois o mesmo havia edificado a sinagoga (Lc 7:4,5,9).
Era um homem de alma nobre e generosa, e de boa condição. O centurião já havia ouvido falar de Jesus (Lc 7:3), e é possível o ter encontrado pelas ruas e ouvido as suas pregações ou testemunhado algum de seus milagres. Esse centurião tinha um servo, a quem muito estimava, considerando-o como seu próprio filho (Lc 7:2). Diferente de outros romanos que tratavam seus servos com desprezo e rigidez.
Os meios comuns da medicina da época foram insuficientes para trazer a cura para este servo. Mateus relata que o servo do centurião estava “paralítico e violentamente atormentado” (Mt 8:6).
Conforme Mateus, parece que o próprio centurião saiu em busca de Jesus e fez o pedido. E de acordo com Lucas, temos uma impressão contrária. Mas não há uma contradição entre as narrações.
Era comum na época usar o nome de alguém importante, como se fosse ele mesmo falando, segundo o que relata Mateus. “O que se faz por meio de outro é considerado como se fosse por si mesmo”. O que os amigos do centurião falaram, foi como se fosse ele mesmo estando lá. Lucas explica que o centurião envia primeiros anciãos, homens importantes na cidade (Lc 7:3) o que lembram a sua generosidade e fé por meio de obras (Lc 7:4,5). Ao se aproximar da sua casa o mesmo centurião envia alguns amigos (Lc 7:6,8). Para ele, o Salvador não teria outra coisa a fazer a não ser mandar, mesmo à distância, com certeza a enfermidade iria sair.
Os evangelistas observam que essa atitude deixou Jesus maravilhado, por tamanha fé (Mt 8:10; Lc 7:9), ficou admirado (Mc 6:6), a ponto de Jesus elogiá-lo publicamente, exclamando: “Digo-vos que nem ainda em Israel tenho achado tanta fé” (Lc 7:9).




Prof. Pr. Cícero Carvalho

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